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Práticas de Desenvolvimento Espiritual

O desenvolvimento espiritual se faz através de práticas que ampliam a consciência e estabelecem contato com o Eu Superior, trazendo uma melhora na percepção de si mesmo e da realidade que nos cerca. As práticas diárias aumentam a sabedoria de tal forma, que vivemos nossa realidade com maior equilíbrio e consequentemente com mais harmonia em todos os aspectos da existência.

 

Aprenda a conectar mente e coração e a manifestar a consciência amorosa no dia-a-dia. 

Meditação Passiva e Ativa

by Swami Satyananda

 

Meditação é um tema sobre o qual a maioria das pessoas já ouviu falar. Alguns compreendem intelectualmente seus aspectos, mas poucos realmente a experimentaram.

 

Como outras experiências subjetivas, ela não pode ser descrita em palavras. A experiência é real, porém a descrição da experiência é de fato uma não-experiência, especialmente no caso da meditação. De qualquer maneira, faremos o melhor possível para lançar luz sobre este tema.

 

Há dois tipos de meditação, a passiva e a ativa. A meditação ativa é aquela que ocorre quando desempenhamos nossos afazeres cotidianos, quando caminhamos, falamos, comemos e assim por diante. Isto é de fato a meta do Yoga: ensinar-nos a meditar enquanto estamos engajados nas atividades mundanas. Não significa que as atividades não serão feitas, ou serão feitas sem entusiasmo, e sim que tais afazeres externos serão realizados com mais eficiência e energia. A meditação passiva, por sua vez, é a prática de se sentar imóvel e relaxado, aquietando a mente sempre inquieta e tornando-a concentrada, permitindo assim que a experiência meditativa aconteça. Este tipo de meditação pode ser grosseiramente dividido em quatro estágios de aperfeiçoamento: 

 

1) Fixar a mente durante a pratica meditativa em um objeto, imagem, som, respiração, etc. Isto acalma e fortalece a mente.

 

2) O sucesso no estágio 1 automaticamente conduz ao fluxo livre de pensamentos, complexos, visões, lembranças, entre outros, vindo das profundezas da mente inconsciente. Aqui é possível trabalhar sobre a mente automática removendo conteúdos indesejáveis.

 

3) Quando essa mente mecânica tenha sido plenamente explorada, o meditador começa explorar os níveis supraconscientes. Agora é que a meditação "verdadeira" começa. A fonte ilimitada de conhecimento e energia começa a se mostrar espontaneamente. O meditador pode até mesmo atinge uma grande sintonia com tudo a sua volta.

 

4) Eventualmente, as identificações são transcendidas e o meditador se reconhece como pura consciência. A meta do autoconhecimento é, então, atingida. 

 

O sucesso na meditação passiva conduzirá automaticamente à meditação ativa, pois quanto mais fundo o meditador mergulhar na meditação passiva mais ele estará apto a usufruir dos estados meditativos enquanto realiza suas atividades. De fato, a intensa vivência da meditação passiva fortalece a expressão superficial da personalidade. Assim, a própria vida, o trabalho, os relacionamentos, etc., se tornam mais poderosos e a pessoa se torna capaz de realizar coisas consideradas impossíveis até então.

Eventualmente a meditação passiva se torna supérflua. Isso ocorre quando o meditador atinge o que se conhece como auto-realização. Neste estagio o indivíduo vive completamente conforme seus valores espirituais mais profundos, ao mesmo tempo em que é capaz de se expressar no mundo exterior. Nessa situação, a pessoa consegue viver a vida espiritual e a material sem qualquer conflito.

Há uma experiência contínua e espontânea de ativa meditação. 

 

A meditação é uma herança universal. É algo que todos podemos e deveríamos experenciar espontaneamente, mas não conseguimos devido ao nosso modo de vida. Nós estamos continuamente num estado de tensão porque não nos conhecemos. Estamos continuamente tentando fazer coisas que nos sentimos obrigados a fazer mesmo sendo elas, algumas vezes, contrárias à nossa natureza. Há um conflito contínuo entre o que é e o que desejamos. Nós somos sempre motivados a nos tornar algo diferente, ao invés de simplesmente sermos. Se pudéssemos unir o que somos e o que desejamos, então a meditação ocorreria espontaneamente. 

 

Além do conhecimento intelectual e emocional, existe um outro tipo de conhecimento. Este é atingido nos estados meditativos e é uma forma de conhecimento mais real ou convincente. É conhecimento intuitivo capaz de apreender a totalidade da situação. Diferente do conhecimento racional, que procura chegar ao quadro completo a partir da compreensão de suas partes, a intuição capta diretamente o todo, a totalidade. Ela vem da parte supraconsciente da mente, da qual normalmente estamos inconscientes. Este tipo de conhecimento não depende nem do intelecto nem das emoções, os quais tendem a colorir ou distorcer o conhecimento real. 

 

Durante a meditação uma ligação é feita entre as regiões mais elevadas da mente, comumente chamadas de supraconsciência, e o estado de vigília. Essa ligação permite que elevadas vibrações mentais sejam percebidas pela consciência do meditador. Estas elevadas vibrações sutis existem o tempo todo, mas normalmente não são perceptíveis. Algumas vezes elas são vistas, em raras ocasiões, na forma de flashes intuitivos, inspirações, momentos criativos. Normalmente estamos inconscientes destas vibrações, verdades e conhecimentos por causa do estado confuso e conflituoso de nossas mentes. Essas elevadas formas de conhecimento mostram as causas e verdades subjacentes às manifestações que vemos em nossa vida cotidiana. Os aspectos mais profundos de nossas existências mostram sua luz durante a meditação.

meditação
Meditação em um instante
Dica:
 

Ao invés de tentar fazer algo incrível logo no início, comece aos poucos e vá aumentando  gradativamente. Sua força de vontade e motivação aumentarão no mesmo ritmo, o que tornará mais fácil manter seu hábito.

 

Comece com 1 minuto, fique um tempo fazendo assim, uma semana, por exemplo, então, aumente mais 2 minutos... rapidamente você enxergará seu crescimento.

 

Não há limite de tempo para meditação, vá praticando e conhecendo o tempo que lhe trará maiores benefícios.

A Força Curadora do Perdão

By Denise Franco Vicente

 

Não basta simplesmente reconhecer as fraquezas e os limites. É preciso analisar e descobrir as causas desse processo. Quando descobrimos as causas, passamos a trabalhar a cura dos problemas.

 

Nesse sentido, é importante fazer um levantamento de nosso passado. Não para ficarmos presos a ele, mas com o intuito de descobrir atitudes que geraram problemas e fraquezas. Se olharmos para os problemas apenas como justificativa para permanecer no erro, não estamos nos deixando guiar pelo caminho que nos trará a libertação de nossos traumas. O grande sentido de olharmos as causas dos problemas é descobrir áreas de nossa vida que precisam ser trabalhadas pelo perdão.

 

Podemos perdoar quem nos ofendeu, nos perdoar, pedir perdão a quem ofendemos, perdoar e pedir perdão colocando-se na presença de Deus. Tudo isto desemboca num movimento de cura e restauração.

 

É muito importante aprender a perdoar. Precisamos aprender a rir de nós mesmos. Perdoar-se significa tomar a decisão de não ficar a vida inteira se lamentando dos fatos passados. Significa compreender que nem sempre fomos maduros. Viver é crescer. Precisamos nos conscientizar que todos tivemos experiências negativas na vida.

 

Todos já erramos.Tome uma decisão importante: a de perdoar. Se você foi rejeitado por sua mãe, então é preciso tomar a decisão de perdoá-la. Para isto é importante compreender as circunstâncias que provocaram a rejeição. Talvez ela não se sentisse preparada para ter um filho, ou já tivesse muitos. Talvez os pais estivessem passando por uma crise financeira. Perdão não é sentimento, é uma decisão. Então é preciso compreender os porquês daquela rejeição.

 

Pedir perdão

Num segundo momento, é necessário pedir perdão para a pessoa. Mesmo se ela já tiver morrido. Perdoar é declarar que a pessoa não é culpada, é tomar a decisão de que a pessoa não precisa pagar pelo que fez. Perdoar não é cobrar os erros ou falhas do passado, é não querer vingar. Todas as vezes que uma pessoa nos ofendeu e guardamos essa mágoa, esse ressentimento, ficamos com sentimento de vingança dentro de nós e desejamos seu mal. A pessoa é livre. Não quero mais que ela pague ou sofra, seja o que for, por sentimento de vingança. Eu tomo a decisão de perdoar. Não quero cultivar isso dentro do meu coração. Em segundo lugar peço perdão para a pessoa, pelo mal que desejei, pela raiva que tive dela.

 

Perdoar-se

Há pessoas que são incapazes de se sentirem em paz. Elas passam a vida toda sem desfrutar a alegria desse perdão, do qual não estão absolutamente convencidas.Se nos perdoamos, não precisamos mais nos sacrificar por meio da depressão, da angústia e da perda do sentido da vida. O sentimento de culpa em nada ajuda a pessoa a crescer. A única coisa que ele traz é a infelicidade e o complexo de inferioridade, sentimento que não são agradáveis aos olhos de Deus que é Pai, que nos ama exatamente como somos, com todas as nossas imperfeições.Através deste auto-perdão Deus nos cura e nos liberta. Ele nos criou para sermos felizes. Este é seu grande projeto para cada um de nós.

 

Saber perdoar

Quem vive ruminando revolta e ressentimento nunca será feliz. Quem tem dificuldade para se perdoar também não consegue perdoar mais ninguém. É preciso que avaliemos nossos erros com mais clareza e profundidade. Todos estão sujeitos a tomar decisões erradas, a cometer atos inconseqüentes, a tropeçar na vida. Ninguém está livre disto. A sabedoria está em reconhecer nossas fraquezas e limitações, em não tentar praticar uma justiça própria a favor de nós mesmos. Só conseguiremos perdoar aos outros na medida em que aprendemos a nos perdoar. E para aprender a se perdoar é preciso se reconhecer como limitado e procurar corrigir o que pode ser mudado e melhorado. Compreendendo-nos limitados, saberemos também compreender as fraquezas e limitações de todos os que nos cercam. E isto ajuda muito a perdoar os outros.

 

Perdoar a Deus

Consciente ou inconscientemente culpamos Deus por muitos problemas e dificuldades. Sentimo-nos desprezados e esquecidos por Deus quando passamos por tribulações e angústias. E como temos medo consciente de culpá-lo acabamos descarregando esta revolta em nós mesmos e nos outros.Ele não precisa de nosso perdão, mas perdoá-lo também pode ser muito curativo. Ele não é um pai tirano, ditador com o qual não podemos nos abrir, mas é a partir deste perdão que poderemos reconhecer em nós o lado positivo, saudável que todos temos e que através de nossos erros, nossa baixo auto-estima não nos sentimos dignos e merecedores da felicidade. É preciso se abrir com Ele, precisamos aprender a dizer para Deus tudo o que esperamos e tudo o que sentimos dele. A sinceridade com Deus é a grande abertura para que ele nos cure e nos encha com sua paz.

 

Perdoar sempre

O perdão exige esforço, exercício e decisão. Perdoar sempre e para isso é preciso querer perdoar, é preciso querer se libertar de toda angústia e rancor e aprender a não cultivar ressentimentos. O sentimento de vingança é um veneno que tira a nossa paz, nos enfraquece e nos rouba a alegria de viver. O objetivo do perdão não é começar a sentir afeto por todos, ou ter o desejo de acariciar a todos que nos feriram. Existe uma clara diferença entra amar e gostar. Podemos amar as pessoas mesmo aquelas que não gostamos. O perdão tem a ver com amar e não com gostar. Gostar é um sentimento, uma simpatia, um sentir-se bem ao lado de alguém. Tem a ver com afinidades, com partilha de vida. Perdão é uma decisão livre, uma atitude consciente que devo tomar. Perdoar é conseguir desejar o bem para aquele que nos feriu, é estar disposto a ajudá-lo, é desejar seu bem. O perdão é um ato de amor, é um processo, não conseguimos fazê-lo do dia para a noite, é preciso paciência e determinação, mas uma vez provado os seus benefícios, dificilmente voltaremos atrás, a nossa vontade será continuar cada vez mais experimentando o seu poder curador.

O perdão nos traz o poder de nos libertar de nossas prisões, do egoísmo, de sentimentos de culpa, dos complexos de inferioridade, dos medos, inseguranças, pânico, dos momentos que nos sentimos rejeitados, das mágoas pelas perdas que ocorreram em nossa vida, da solidão, dos vícios, atitudes compulsivas como trabalhar demais, comer demais, beber, jogar, falar em excesso invadindo o espaço das pessoas, da necessidade de manipular e controlar o outro, do papel de vítima e muitas outras prisões.

A nossa raiva, ressentimento, hostilidade, vergonha e culpa também afetam o nosso bem-estar físico. Como qualquer reação humana baseada no medo, emoções como culpa e a raiva influenciam não só o nosso humor como também a nossa fisiologia. Se os conflitos internos que geraram a raiva e a culpa forem resolvidos, o corpo, sendo muito resistente, provavelmente voltará ao equilíbrio, caso contrário o corpo sofre.

Cada vez mais as pesquisas mostram que esses sentimentos negativos estão relacionados com a doença física. Tenha você ou não sintomas físicos, a má vontade e queixas constantes contra si mesmo, contra os outros ou contra a vida em geral sempre são venenosas. Se você olhar para si e perceber que certas atitudes levam a animosidade, separação e medo, seja gentil consigo mesmo. Procure maneiras de se livrar desses sentimentos. Saiba que você possui a escolha de perdoar a si mesmo e aos outros. Confie na extraordinária capacidade do seu coração.

 

Conclusão

Independente de ter ou não problemas físicos, a boa vontade e o amor para consigo mesmo e para com os outros são sempre curativos. Eles curam as emoções e ajudam a criar um clima adequado para a cura do corpo. O amor sempre melhora a qualidade da vida, seja como for a sua saúde. Ele nos dá a força interior e a fé para lidar com o que quer que a vida traga. O processo de cura consiste em reencontrar a confiança. Sentimos que é difícil confiar no outro e ter confiança em nós mesmos, confiar na vida quando vivemos em um período de doença ou de provações. Mas se temos um coração em boa saúde, se nosso coração de pedra tornou-se um coração de carne, então existirá em nós esta confiança. E podemos respirar no interior da doença. Os sintomas talvez continuem, mas a pessoa que os tem é maior que eles. Não sejamos mais escravos do que nos ocorre, não sejamos mais uma folha levada pelo vento, mas sejamos o vento que carrega a folha. Há em nós, folhas mortas, memórias dolorosas e nós somos isso. Mas somos, também, este vento que levanta as folhas e limpa nosso jardim.

Ho´oponopono - colocando em prática o perdão

http://www.hooponopono.ws/o-que-e.php

 

Em Havaiano, Ho'o significa “causa”, e ponopono quer dizer “perfeição”, portanto Ho’oponopono significa “corrigir um erro” ou “tornar certo”.

 

Você pode através desse sistema se livrar das recordações que tocam repetidamente na sua mente (aquela conversa mental interna incessante - principalmente depois de situações estressantes e desagradáveis) e encontrar a Paz.

 

Sem os pensamentos se repetindo, sem crenças limitadoras, sem condicionamentos, sem as lembranças dolorosas, um espaço vazio se abre dentro de você.  O Ho’oponopono lhe permite soltar estas recordações dolorosas, que são a causa de tudo que é tipo de desequilíbrios e doenças. Na medida em que a memória é limpa, pensamentos de origem Divina e Inspiração ocupam o vazio dentro de você. A única coisa que devemos fazer é limpar; limpar todas as recordações, com quatro simples frases que abrangem tudo:

 

               Sinto muito.                Me perdoe.                Te amo.                  Sou grato.

 

As frases estão relacionadas às quatro jóias de Jesus: Compaixão - Humildade - Amor - Gratidão.

 

Lembrem-se, um problema é uma memória repetindo uma experiência do passado. O Ho’oponopono é um apelo a Divindade para cancelar as memórias que estão se repetindo como problemas. “A paz começa comigo”, é o que ele procura praticar embora ainda tropece vez ou outra.

 

Com o Ho’oponopono estamos assumindo a responsabilidade pelas memórias que compartilhamos com as outras pessoas. Pesquisas mostram que á todo momento existem 11 milhões de “bits” de informação em nossa volta, mas só percebemos 15 “bits”, e são em cima desses “bits” que julgamos as coisas! Portanto, não sabemos o que realmente está acontecendo. Então dizemos para a Divindade; “Se existe algo acontecendo em mim que me faça vivenciar as pessoas de determinada maneira, eu gostaria de liberar isso.” Largando de mão essa vontade de consertar as coisas, de mudar as pessoas, deixando Deus fazer, nós mudamos nosso mundo interior o que causa uma mudança também no mundo externo.

 

Ser 100% responsável é um caminho de pedras, por ser o intelecto tão insistente. Quando nos ocorre um problema o intelecto sempre busca alguém ou alguma coisa para culpar. Insistimos em procurar fora de nós a origem dos nossos problemas. 

 

Estamos aqui somente para trazer Paz para nossa própria vida, e se trazemos a Paz para nossa vida tudo em nossa volta descobre seu próprio lugar, seu ritmo e Paz.

 

Esta é a essência do processo Ho’oponopono.

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Meditação Ho´oponopono
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